domingo, 28 de julho de 2013

Se eu pudesse, ia embora

Quando me faltam palavras, fico muda
Sou um ser em constante metamorfose
Itinerante de mim mesma.

Sou pouco.
E na falta de palavras que te tragam mais para perto
Fico em silêncio.
Quando seus olhos dão o menor sinal de não
Fico em silêncio. E mantenho os lábios rígidos.
Quando seus olhos
dão o menor sinal de não...

Pois prefiro a solidão.
E deixo vir a amargura.
Tua lembrança no meu corpo é mal que se instala subitamente
Cortante loucura
Arrepio que vem por qualquer sombra de recordação de você nos meus braços
Afasto a memória...
Censura.

O fim é o mesmo.
As malas estão sempre prontas no canto do quarto
O adeus está sempre formulado
A carta de despedida na gaveta.
Um belo dia vou sumir
Ir pra qualquer canto, mudar de nome.

E quiçá esquecer os seus olhos de menino
que me pegam sempre tão desprevenida...



Um comentário: